Padroeira de Petrolina (PE), Nossa Senhora Rainha dos Anjos é homenageada na cidade com uma igreja em estilo neocolonial. Trata-se, na verdade, da igreja mais antiga de Petrolina, cuja construção foi iniciada em 1858 e finalizada apenas em 1906, portanto quase meio século depois do início.
Petrolina foi fundada em 1895 e a catedral da cidade seria construída apenas a partir de 1925, portanto ambos os eventos são posteriores à construção da Igreja Matriz. Situada no centro da cidade, ao lado da Praça do Centenário, o templo abriga uma imagem de Nossa Senhora Rainha dos Anjos trazida da Ilha da Madeira, em Portugal, há mais de 200 anos.
A imagem foi transferida da cidade de Santa Maria da Boa Vista (PE), à qual Petrolina pertencia antes da emancipação, e abrigo original da mesma.
Furtada na década de 1970, a imagem permaneceu desaparecida por cerca de seis anos, gerando grande angústia nos fiéis da cidade. Uma tentativa de substituí-la por uma imagem nova, feita pelo artista Celestino Gomes, não conseguiu aplacar a tristeza e o sentimento de perda então vigente. Em 1980, no entanto, a imagem original foi localizada em poder de um colecionador em Alagoas e trazida de volta à cidade.
A construção da igreja, nas proximidades do Rio São Francisco, por onde então havia um tráfego intenso de travessia para a cidade vizinha de Juazeiro (BA), foi um marco histórico fundamental para a formação e a consolidação da cidade no seu redor.
Nos meses de agosto acontece sempre uma grande festa em homenagem à padroeira. Com procissões, missas e quermesse, a festa mobiliza grande quantidade de fiéis e a população em geral tanto dentro quanto fora da igreja (em 2016 foram cerca de 110 mil participantes) sendo um evento tradicional dentro do calendário festivo e religioso da cidade.
