Impossível não reparar na casa que fica situada do lado direito de quem vem do Sítio do Meio por estrada de terra, ou então do lado esquerdo de quem vem de Campo Formoso (BA) por esta mesma estrada.
Distante cerca de 16Km do centro de Campo Formoso (portanto já no final da estrada que vem do Sítio do Meio), e próxima da Vila do Socotó (também conhecida como Ituitiba), trata-se de um imóvel majestoso, que se destaca na paisagem e fica protegido da estrada por uma cerca de arame farpado. Entre a cerca e a casa há muito mato e a casa encontra-se atualmente abandonada.
É muito difícil conseguir informações sobre a casa. As poucas que puderem ser obtidas (na Internet e com moradores da região) relatam que a mesma era a sede de uma casa de fazenda de café, há cerca de 100 ou 150 anos. Ali teriam morado (em período desconhecido) um governador da Bahia (de nome desconhecido) que teria se casado com uma pernambucana em Recife, a senhora Esther Carneiro da Cunha, e sua família. Posteriormente, teriam ocupado a casa um certo Raymundo e, logo em seguida, o senhor Humberto Carneiro da Cunha Gonçalves da Silva.
Há registros, ainda, de que Socotó (a vila situada nas proximidades, distante cerca de 4Km da casa) teria surgido a partir de uma invasão da Fazenda Sacaibá, mas infelizmente esta informação não pôde ser confirmada, muito menos situada no tempo.
A casa impressiona. Além do destaque na paisagem, a casa possui cômodos imensos e foi praticamente toda construída em madeira: piso, teto, estrutura, portas e janelas de grandes dimensões, além da varanda. A madeira, de boa qualidade apesar do tempo, continua firme e forte no local. Do lado de fora, a dúvida: o que seriam as aberturas laterais, sob o piso? Alguma forma de aquecimento para combater o frio intenso da região? São muitas perguntas que intrigam o visitante e só poderão ser respondidas depois de uma pesquisa adequadamente conduzida.
Quem estiver em Campo Formoso ou quiser se aventurar pela estrada de terra que liga o Sítio do Meio (em Jaguarari) a este município, irá com certeza fazer parada obrigatória para observar esta casa, ainda que do lado de fora da cerca. Apesar de abandonada, a casa está aberta e pode ser visitada por quem se arriscar a atravessar o arame farpado. Não há informações de que se trata de propriedade privada ou de que o poder público esteja fazendo algo em prol da sua preservação. A visitação do interior da casa, entretanto, apresenta riscos já que o piso possui buracos, abelhas ocupam alguns cômodos e morcegos surgem do piso da sala principal.
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