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Canoa de Tolda

Ela era presença frequente e marcante no Rio São Francisco antes do surgimento das rodovias e do transporte rodoviário. Com 16 metros de comprimento, velas e uma cobertura de madeira no convés (daí o nome Canoa de Tolda), elas são uma herança da colonização holandesa no nordeste.

Tornaram-se verdadeiros símbolos do Velho Chico por causa do seu papel histórico, estando ainda hoje presente na memória dos ribeirinhos mais antigos. A Canoa de Tolda foi usada predominantemente para o transporte de mercadorias entre povoados situados ao longo do rio, em particular o arroz, a cal e paralelepípedos usados em obras.

Teve importância fundamental no desenvolvimento econômico da região. De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, existem atualmente em todo o mundo apenas duas ou três Canoas de Tolda. Uma, com o nome Luzitânia, foi reformada e tombada pelo IPHAN em 2012, e está em Brejo Grande, Sergipe. A segunda, com o nome Piranhas, esta ancorada na cidade de mesmo nome, em Alagoas, e pode – e deve – ser visitada por todos que por ali passam. A sua presença chama logo a atenção: multicolorida, majestosa, com altos mastros e velas características, ela possui um toque oriental e ainda se impõe na paisagem ribeirinha. Sobre uma possível terceira Canoa de Tolda, não foi possível conseguir informações a respeito.

A Canoa de Tolda de Piranhas é, portanto, um monumento flutuante que compõe lindamente a paisagem e impressiona não apenas pelo seu visual, mas também pela história impregnada no seu casco. Um destino turístico pouco valorizado na cidade, mas que é merecedor da atenção de todos os que tiverem a oportunidade de passar por ali. Da mesma forma, espera-se que as autoridades cuidem adequadamente da conservação e apresentação deste patrimônio histórico tão importante.

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