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Missa do Vaqueiro em Petrolina

Os vaqueiros chegam de todas as partes do município, montados nos seus cavalos, e se reúnem em frente ao palco montado especialmente para a ocasião. Muitos deles passaram a noite no tradicional Forró da Espora, e as suas expressões refletem o cansaço da longa jornada de dança e confraternização.

Todos a postos, o padre e os músicos iniciam a celebração da Missa do Vaqueiro de Petrolina, na beira do Rio São Francisco, no local conhecido como Porta do Rio. É uma festa típica tradicional, bonita e carregada de emoção, e que acontece na manhã de um domingo do mês de junho, todos os anos. A Missa do Vaqueiro de Petrolina faz parte dos festejos juninos da cidade.

No chão de terra, em meio a uma nuvem de poeira que jamais se dissipa e de um calor que não perdoa ninguém, vaqueiros trajados com as suas roupas de couro lêem os seus discursos, ouvem as preces do padre, entoam os seus cânticos, pedem proteção para si, para as suas famílias e para os seus animais, manifestam preocupação com a preservação da natureza e do meio ambiente e rezam pelos colegas falecidos.

O evento atrai geralmente uma grande quantidade de pessoas, entre vaqueiros, familiares, curiosos e transeuntes, adultos, crianças e idosos, que se dividem entre o palco onde é celebrada a missa, os vaqueiros e os animais espalhados por toda parte e as barracas de comidas e bebidas. É tanta gente que é praticamente impossível andar a pé pela orla, assim como circular de carro pela avenida. Vaqueiros e os seus cavalos estão por toda parte, até mesmo no asfalto, sendo necessário fazer um esforço para se conseguir trocar de lugar.

Encourados, eles exibem vestes típicas, portam bandeiras do Brasil e de Pernambuco e acompanham todos os momentos da celebração com grande concentração, sempre tentando domar e aquietar as suas montarias. Debaixo do sol quente, eles ouvem e repetem as preces, entregam os utensílios do dia-a-dia para a benção do padre e louvam o seu trabalho. Aboiadores se encarregam da parte musical da cerimônia, delineando ainda mais os contornos de uma festa tipicamente sertaneja, nordestina e brasileira.

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