A Lagoa do Sangue foi palco de uma batalha ocorrida no dia 19 de janeiro de 1897, entre conselheiristas e militares, durante a 2ª Expedição (de um total de quatro) enviada pelo governo para tentar acabar com o movimento de Antônio Conselheiro e os seus seguidores em Canudos (BA).
Recebe este nome porque, segundo testemunhas da época, ela teria adquirido uma coloração avermelhada em função da grande quantidade de corpos abatidos sobre as águas durante a luta armada.
O local, atualmente, está totalmente seco e abandonado. Apenas um monumento e uma placa, feita por pesquisadores do assunto, sinaliza o lugar e registra o importante fato histórico ali ocorrido. Eles foram inaugurados em 19 de janeiro de 1998, portanto 101 anos depois da sangrenta batalha. Eventualmente, quando chove bastante na região, um pequeno lago volta a se formar no local onde ficava a antiga Lagoa do Sangue. Fora isso, a área é apenas um grande descampado no meio da caatinga, onde o silêncio e a tranquilidade reinam em contraste com a turbulência do passado.
Não há nenhum grande apelo visual na Lagoa do Sangue. Mas é um local que merece ser visitado, especialmente por quem se interessa pela história e pelos fatos ali ocorridos no final do século XIX.
Para se chegar lá, vindo do centro de Canudos (BA), deve-se seguir pela BR-235 até o entroncamento com a BR-116. Neste ponto, deve-se seguir em direção ao norte, até um local onde há uma entrada (não sinalizada) à esquerda. Depois de feita a conversão, o carro pode ser deixado do lado direito, num terreno cercado pela vegetação e atrás da rodovia BR-116. A partir deste ponto, uma caminhada curta (de aproximadamente 10 minutos) conduz o visitante até a Lagoa do Sangue e o monumento com a placa informativa. Este percurso fica no caminho das Ruínas da Igreja de Santo Antônio e também do Museu Histórico de Canudos.
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